Marchas Populares 2008

Anteontem, Domingo, foi o último dia de Marchas no Pavilhão Atlântico! Dia da tão esperada Bica e da "temida" Alfama, sem desprimor às restantes mas uma das coisas que dá mais brilho ao espectáculo das Marchas Populares são as claques - e claques como as de Alfama, Bica, Marvila, Mouraria e claro, Bairro Alto, são dificeis de superar!

Claques cheias de vida, cheias de garra e vontade de vencer! Claques que por si só, quase que anulam o desfile da sua marcha! Claques que arrepiam pelo rigor e seriedade - ou fanatismo, eu prefiro chamar-lhe assim - com que encaram a festa que é de Lisboa e não de um bairro! É bom ver cada claque a puxar pela sua marcha, é muito bom... Arrepia e emociona! Só é pena é que algumas pessoas ainda não se saibam divertir civilizadamente, sem precisarem de recorrer à porrada e à quantidade de álcool que ingerem tanto nas noites de desfile das marchas no pavilhão como na Avenida da Liberdade, perdendo o respeito não só pelas marchas vizinhas mas também perdendo qualquer direito de defender a sua própria marcha! Quando Lisboa for somente feita de porrada e álcool então aí esse comportamento é aceitável!

Mas a Lisboa que ainda impera e há-de imperar sempre, é a Lisboa da tradição, da romaria, do santo António, de São Vicente, da tasca mais "reles" e mais acolhedora ao mesmo tempo, é a Lisboa do Tejo, Lisboa do Chiado, Lisboa dos poetas, Lisboa do Fado, Lisboa das varinas, do cheiro a mar, Lisboa da Ginjinha, Lisboa da sardinha assada e de um copo de vinho tinto! Quando nos lembrarmos todos destas referências, então aí sim, as marchas muito mais que um marco de vitória para cada bairro será Lisboa no seu esplendor, "esta Lisboa que eu amo"! Lisboa em Festa!